Projeto de Pitty e Martin Mendonça se apresentou na noite Fora do Eixo
O Agridoce é show para assistir sem esperar. Sem procurar a Pitty de infinitos hits ou a “roqueira baiana”, sufixo que ficou comum ler atrelado ao nome da cantora. Música para acalmar os ouvidos e movimentar os sentidos. Com melodias leves, um piano e guitarra, Pitty e Martin Mendonça fizeram o primeiro show da carreira da dupla no Studio SP, durante a noite Fora do Eixo, coletivo que está movimentando a cena nacional.
Em uma aventura bem sucedida, a cantora domina o piano e a sintonia entre ela e Martin é evidente na curta apresentação. O som da casa quase foi um problema, não fosse um minimalismo bem sucedido tomar a cena, e a intimidade da sensação de estarmos entrando na sala da casa da cantora, onde o projeto ganhou vida e foi exaustivamente ensaiado, nos faz derrubar as expectativas. “Espero que vocês sejam compreensivos e delicados”, foi o pedido inicial da cantora e então sai do espetáculo a Pitty que conquistou um público ávido por rock e entra no palco uma artista ainda mais madura, que transita pelo universo, muitas vezes dolorido, das influências que vão de Nick Drake a Sean Lennon.
Não Existe Amor em SP, música do Criolo, que está no disco Nó na Orelha, ganhou uma versão delicada da dupla e O Porto contou com o reforço de uma banda formada por Macaco Bong, Pupillo e Karina Buhr. No repertório, todas as músicas que estão no MySpace do duo.
Depois da estreia, fica a vontade de outras noites, mais piano cheios de melodias envolventes que Pitty e Martin batizaram de Agridoce.
Por Suellen Santana
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